Ela me disse: “Aprendi a amar incondicionalmente, graças à presença dela em minha vida... Você tem idéia do que é amar uma pessoa que não nos olha? Ela nunca me olhou nos olhos...”. Foi o que a mãe me respondeu, ao ser indagada sobre o que havia aprendido com a filha autista de dezenove anos. Emocionou-me, confesso. Chorei.
Tenho pensado e divagado muito sobre o autismo, entre outras manifestações das “pessoas especiais”, mesmo antes desse diálogo com a mãe educadora, quatorze anos de experiência em Educação Especial. Agora, estou pensando ainda mais. Não tenho mais certeza sobre o autismo ser uma exclusividade de poucos. Ao ler sobre eles, senti-me autista numa sociedade de autistas.
Os autistas são ensimesmados, nós também. Utilizam as outras pessoas como instrumentos para pegar objetos, nós, para satisfazer nossos desejos. Eles resistem às mudanças de rotina; agem como se surdos fossem, para não atender aos chamados; resistem ao aprendizado; apresentam apego a determinados objetos etc. Só eles?
Deixo aqui, por enquanto, essas minhas divagações. Voltarei ao assunto depois.
Tenho pensado e divagado muito sobre o autismo, entre outras manifestações das “pessoas especiais”, mesmo antes desse diálogo com a mãe educadora, quatorze anos de experiência em Educação Especial. Agora, estou pensando ainda mais. Não tenho mais certeza sobre o autismo ser uma exclusividade de poucos. Ao ler sobre eles, senti-me autista numa sociedade de autistas.
Os autistas são ensimesmados, nós também. Utilizam as outras pessoas como instrumentos para pegar objetos, nós, para satisfazer nossos desejos. Eles resistem às mudanças de rotina; agem como se surdos fossem, para não atender aos chamados; resistem ao aprendizado; apresentam apego a determinados objetos etc. Só eles?
Deixo aqui, por enquanto, essas minhas divagações. Voltarei ao assunto depois.