sexta-feira, agosto 19, 2011

Exercício (ou do desenferrujar aos poucos)¹



Não sei se encontrarei, de novo, o fio da minha sensibilidade. A tênue trama diluída em meus braços eleva-me além dos horizontes que ousei sonhar. Vou mais alto. Detalho cada traço do caminho na tela da memória, guardando para mim o seu cantar inolvidável, aquele que jamais sonhei. Então, cometeremos, você e eu, o assassinato das horas mortas, limitados pelo tempo, que não volta mais.






¹ Produzido intuitivamente, sem detença, sem pausa, desataviadamente, derramando as palavras no papel, ao som de uma música suave. Só para desenferrujar, enquanto procuro a alma oculta que habita na, e comanda, a máquina.