Ando valorizando o silêncio e as atitudes, ultimamente. Pouco falar, muito sentir, muito agir. Há muito valor em silenciar diante do espetáculo exuberante da vida, enquanto caminhamos pela estrada da existência. Percebo isso agora. Percebo quanto vale observar as entrelinhas dos discursos, em cujos quais os olhos do interlocutor, holofotes a disseminar opiniões, arrazoamentos e sentimentos os mais diversos, são os delatores dos segredos mais reconditamente guardados no espelho d’alma que não se queria exibir. Percebo o quanto as palavras afoitas pisoteiam o bom senso e os bons modos, estrangulando projetos ainda na prancheta.
Enquanto isso, rio intimamente, e em profundo desprezo, da astúcia ingênua dos que têm respostas para tudo. Os que desarmam bombas nucleares com grampos de cabelo, ditam regras a pessoas cujos dilemas éticos não são os seus, pisoteiam a consciência e a caminhada evolutiva alheia, graças à verborragia fantasiosa que os caracteriza. Paciência.
Caminho e penso, interrompendo os meus passos somente para trocar abraços e beijar o rosto dos meus amigos sinceros, para colher as impressões dos transeuntes que, indo ou vindo, percorrem comigo a mesma estrada, em busca de auto-conhecimento, e me dão dicas importantes sobre as saliências do terreno. Uns desfilam, outros são trôpegos; alguns, altivos, outros tantos, desengonçados; eretos, mais outros, corcundas, uns restantes; de passada firme, pequeno número dos caminhantes, vacilantes, muitos, por não conhecerem o chão em que pisam e o calçado que lhe seria compatível. Assim é. A vida e a caminhada. Emociono-me e sigo, então, dando graças a Deus por tudo isso.
Hoje, numa dessas paradas necessárias, chorei muito, ao ouvir falar de um homem altivo e nobre que, vencendo a si mesmo e abandonando suas rotas e vazias convicções, com muita ousadia, ultrapassou o ramerrão das comodidades falsas, se tornou bom e verdadeiramente distinto. E de cuja imagem pretendo aproximar o auto-retrato que farei de mim, um dia.
Fui acometido de eloqüente estesia que me trouxe até aqui, agradecido. De novo, para caminhar.
Voltam, pois, as Teorias Umbilicais.
Enquanto isso, rio intimamente, e em profundo desprezo, da astúcia ingênua dos que têm respostas para tudo. Os que desarmam bombas nucleares com grampos de cabelo, ditam regras a pessoas cujos dilemas éticos não são os seus, pisoteiam a consciência e a caminhada evolutiva alheia, graças à verborragia fantasiosa que os caracteriza. Paciência.
Caminho e penso, interrompendo os meus passos somente para trocar abraços e beijar o rosto dos meus amigos sinceros, para colher as impressões dos transeuntes que, indo ou vindo, percorrem comigo a mesma estrada, em busca de auto-conhecimento, e me dão dicas importantes sobre as saliências do terreno. Uns desfilam, outros são trôpegos; alguns, altivos, outros tantos, desengonçados; eretos, mais outros, corcundas, uns restantes; de passada firme, pequeno número dos caminhantes, vacilantes, muitos, por não conhecerem o chão em que pisam e o calçado que lhe seria compatível. Assim é. A vida e a caminhada. Emociono-me e sigo, então, dando graças a Deus por tudo isso.
Hoje, numa dessas paradas necessárias, chorei muito, ao ouvir falar de um homem altivo e nobre que, vencendo a si mesmo e abandonando suas rotas e vazias convicções, com muita ousadia, ultrapassou o ramerrão das comodidades falsas, se tornou bom e verdadeiramente distinto. E de cuja imagem pretendo aproximar o auto-retrato que farei de mim, um dia.
Fui acometido de eloqüente estesia que me trouxe até aqui, agradecido. De novo, para caminhar.
Voltam, pois, as Teorias Umbilicais.