segunda-feira, dezembro 24, 2007

Aforismos

"Nunca refreie o que pensa, nem por um segundo. Quanto ao manifestá-lo, nisso seja sempre cauteloso. Mas nunca a ponto de recalcar o conteúdo psíquico. Mais cedo ou mais tarde, ele vai eclodir, com uma violência compatível com a que foi usada para soterrá-lo. Portanto, manifeste sua raiva ou a escoe de maneira saudável, aplicando-se por ser veraz, sincero. A hipocrisia, mesmo gerada por uma ação bem intencionada, cobra um preço alto demais."

"Não se force a ser piedoso, isso não funciona. Dê tratamento às suas intranqüilidades, aos seus pruridos íntimos, sejam eles quais forem. Por mais que tente tratar bem àqueles que praticaram atos que você deplora, sem descobrir-lhes as razões íntimas, jamais conseguirá conter o impulso raivoso contra eles."

"Qualquer pessoa, que no próprio discurso deixa a entender, direta ou indiretamente, sua superioridade moral em relação ao seu interlocutor, demonstra ser desprovida de humildade e bom senso."

"Os aforismos são a exaltação do senso comum."

PS: Se Paulo Coelho (blargh!) pode, por que eu não posso? (Isso é um aforismo?)

terça-feira, dezembro 04, 2007

Da Série: Notícias Relevantes

E não é que o filho de Luciano Huck, Joaquim, num passeio gracioso com o papai, no dia 24 de novembro deste 2007, perdeu o chinelinho? Por sorte, um segurança atento capturou o objeto de volta, restabelecendo a tranqüilidade geral.
Mais importante que o extravio de tão valioso objeto, porém, é a sandália da bajula... (Opa, desculpa!) da humildade calçada pelo jornalista que legou à História tão importante evento. Eu, sinceramente, se não fosse o fato de meus chinelos mal-cheirosos e ilegítimos quebrarem sempre, porque remendados com o arame de uma persistência muitas vezes sem sentido, lhe daria o Pulitzer! Afinal, com essa denúncia desse preocupadíssimo setor da Imprensa, evitamos o ressurgimento dos já extintos pés-descalços e descamisados deste nosso "País do Futuro". É só dobrar o número dos seguranças nas ruas tranqüilas palmilhadas por todos nós.

sábado, dezembro 01, 2007

Diálogos

Minha prima: ... Mas Edgar Mão Branca critica a política brasileira!
Eu: Concordo plenamente. Não poderia ter realizado crítica mais contundente do que ter sido eleito deputado federal!
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Eu: Que é isso, rapaz?
Alexandre (caminhando pela rua, de camisa totalmente aberta): É que estou vindo de uma quebrada terrível!
Eu: De onde?
Alexandre: Da parte alta do Ibirapuera, perto do México
[1]! Atravesso ali perto do Sá Nunes[2], “filmou”?
Eu: Filmei. Que tava fazendo lá, criatura?
Alexandre: Minha namorada foi morar no morro e aí tenho que andar assim, para não ficar com cara de playboy!
Eu: ?
Alexandre: É. Desse jeito, (falou-me, já recomposto, camisa abotoada e tal) fico com ares de playboy do Castelo do Vinho
[3]. É perigoso! – e piscou o olho, com ares de sagacidade.
Eu (desentendido): É... Semiótica nunca foi o meu forte...
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Eu (quando era bancário, no refeitório da agência em que trabalhava, depois de uma greve infrutífera): É... Bem que minha mãe me falou: “Meu filho, vá fazer outra coisa que lhe dê respeitabilidade....”
Serginho (gerente de negócio da agência, gente boa de verdade, tentando completar meu pensamento!): Vai estud...
Eu: “... Vai ser palhaço, malabarista, mágico...”

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[1] Ibirapuera e México são dois bairros da cidade de Vitória da Conquista, na Bahia, cidade em que resido. O segundo tem fama de ser violentíssimo.
[2] O Colégio José de Sá Nunes também se situa numa área tida como de alta periculosidade.
[3] O Castelo do Vinho, do meu amigo Rosalvo, é um dos bares mais tradicionais e célebres da referida cidade. Um point (blargh!), como dizem. E Edgar Mão Branca, bem... No comments at all.