Ela me disse: “Aprendi a amar incondicionalmente, graças à presença dela em minha vida... Você tem idéia do que é amar uma pessoa que não nos olha? Ela nunca me olhou nos olhos...”. Foi o que a mãe me respondeu, ao ser indagada sobre o que havia aprendido com a filha autista de dezenove anos. Emocionou-me, confesso. Chorei.
Tenho pensado e divagado muito sobre o autismo, entre outras manifestações das “pessoas especiais”, mesmo antes desse diálogo com a mãe educadora, quatorze anos de experiência em Educação Especial. Agora, estou pensando ainda mais. Não tenho mais certeza sobre o autismo ser uma exclusividade de poucos. Ao ler sobre eles, senti-me autista numa sociedade de autistas.
Os autistas são ensimesmados, nós também. Utilizam as outras pessoas como instrumentos para pegar objetos, nós, para satisfazer nossos desejos. Eles resistem às mudanças de rotina; agem como se surdos fossem, para não atender aos chamados; resistem ao aprendizado; apresentam apego a determinados objetos etc. Só eles?
Deixo aqui, por enquanto, essas minhas divagações. Voltarei ao assunto depois.
Tenho pensado e divagado muito sobre o autismo, entre outras manifestações das “pessoas especiais”, mesmo antes desse diálogo com a mãe educadora, quatorze anos de experiência em Educação Especial. Agora, estou pensando ainda mais. Não tenho mais certeza sobre o autismo ser uma exclusividade de poucos. Ao ler sobre eles, senti-me autista numa sociedade de autistas.
Os autistas são ensimesmados, nós também. Utilizam as outras pessoas como instrumentos para pegar objetos, nós, para satisfazer nossos desejos. Eles resistem às mudanças de rotina; agem como se surdos fossem, para não atender aos chamados; resistem ao aprendizado; apresentam apego a determinados objetos etc. Só eles?
Deixo aqui, por enquanto, essas minhas divagações. Voltarei ao assunto depois.
4 comentários:
Às vezes procuramos alguém com quem nos sentimos à vontade para conversar... Bom mesmo é encontrar alguém com quem nos sentimos a vontade para ficar em silêncio.. Sem aquele momento mudo e constrangedor...
Você escreve maravilhosamente bem, meu caro amigo... Suas palavras tocam lá no fundo! Grande beijo!
Acabei de postar um comentário no teu outro blog (o pindorama).
Somos como o homem que dorme, enquanto a vida verdadeira acontece.
É chegada a hora de acordar...
Cada ser, um mundo a parte.
Desafios,necessidades,condicões diferentes.
Olhar nos olhos de alguém,penso que também seja enxergar um pouco para fora de nós através do brilho de um outro olhar.
Encantar-se por não se furtar a essa extravagância de poder despertar num tempo que não é mais só de um par de olhos,mas, de muitos outros enfrentamentos,descobertas,vontades,direcionamentos.
Amar é,com certeza,viajar para dentro de algém,penetrando nesse universo desconhecido pela luz da sua alma.
Recordemos,porém,que toda vida é por si só um mistério que deve ser identificado com profundo respeito.
E nada além do Amor para conseguir transformar impedimentos em grandes possibilidades de amadurecimento desse sentimento.
Se buscamos dentro de um quarto escuro encontrar a janela.Que tal tentarmos acender o intirruptor primeiro.
Se a lâmpada estiver queimada,e nenhuma outra sirva para encaixar naquela mesma rosca...
Não há outra saida,a luz que precisamos acender para enxergarmos realidades distantes ou próximas,se encontra na nossa intencão e acão de fazer do Amor de Deus a luz que nós capacita a saber amar sem medo e descriminacão.
Eis que a janela se abre espontaneamente.A luminosidade inicial se faz pronta para se integrar a um clarão unificador.
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