sábado, dezembro 01, 2007

Diálogos

Minha prima: ... Mas Edgar Mão Branca critica a política brasileira!
Eu: Concordo plenamente. Não poderia ter realizado crítica mais contundente do que ter sido eleito deputado federal!
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Eu: Que é isso, rapaz?
Alexandre (caminhando pela rua, de camisa totalmente aberta): É que estou vindo de uma quebrada terrível!
Eu: De onde?
Alexandre: Da parte alta do Ibirapuera, perto do México
[1]! Atravesso ali perto do Sá Nunes[2], “filmou”?
Eu: Filmei. Que tava fazendo lá, criatura?
Alexandre: Minha namorada foi morar no morro e aí tenho que andar assim, para não ficar com cara de playboy!
Eu: ?
Alexandre: É. Desse jeito, (falou-me, já recomposto, camisa abotoada e tal) fico com ares de playboy do Castelo do Vinho
[3]. É perigoso! – e piscou o olho, com ares de sagacidade.
Eu (desentendido): É... Semiótica nunca foi o meu forte...
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Eu (quando era bancário, no refeitório da agência em que trabalhava, depois de uma greve infrutífera): É... Bem que minha mãe me falou: “Meu filho, vá fazer outra coisa que lhe dê respeitabilidade....”
Serginho (gerente de negócio da agência, gente boa de verdade, tentando completar meu pensamento!): Vai estud...
Eu: “... Vai ser palhaço, malabarista, mágico...”

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[1] Ibirapuera e México são dois bairros da cidade de Vitória da Conquista, na Bahia, cidade em que resido. O segundo tem fama de ser violentíssimo.
[2] O Colégio José de Sá Nunes também se situa numa área tida como de alta periculosidade.
[3] O Castelo do Vinho, do meu amigo Rosalvo, é um dos bares mais tradicionais e célebres da referida cidade. Um point (blargh!), como dizem. E Edgar Mão Branca, bem... No comments at all.

2 comentários:

PopZen disse...

Um post pop!
Uhul :D

Adorei ver sua versatilidade, mestre.

Rafael Melo disse...

Mão Branca é um fanfarrão.
Alexandre é o mestre dos disfarces.





Sábia mesmo é tia Licinha...


Filmou?