Hoje, permiti que o Sol viesse ferir meus olhos, logo ao acordar e sair da caverna. Expus-me aos poucos, com cuidado, a fim de não me permitir, ignorante que sou, cegar por sua beleza incomensurável e ofuscante.
Enchi os pulmões de ar, tateei a realidade em volta - as ásperas quanto as lisas - , sentindo-me mais vivo, mais feliz.
Estiquei os ossos, pisei descalço o solo pedregoso e sorri, satisfeito, para a existência.
Tudo muito simples.
Tudo transcendentemente simples.