Esses dias, eu estava sentado na rotina, sem graça. Ela passou, meio acanhada, não sabia bem o que me dizer e nem como se desculpar pela última vez. (Ainda não entendeu que não me importo com seu jeito suavemente evasivo; às vezes acho até charmoso). Roçou-me o rosto duas vezes, sem jeito, e saiu como se quisesse ficar, mas eu estava, infelizmente, acompanhado, e isso pareceu acanhá-la. Se ela me deixasse dizer como me sinto...
Depois que saiu, senti-me de novo no centro de um relógio mecânico e sem graça, que marca horas que não me interessam e compromissos que não quero mais.
Tomara, em breve, ela volte a soprar o meu rosto e eriçar meus cabelos.
A brisa do amor é assim.
2 comentários:
Essa brisa vem de uma avenida bifurcada e sobre mim repousa e me acalenta, me consola, me alegra. E me confunde. Mas eu gosto.
Estou suspeitando que essa brisa mexeu não somente com seus cabelos, mas também, com órgãos vitais em teu corpo... Que gostosa essa brisa!!!! rsrs
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