terça-feira, janeiro 10, 2006

Umidade Relativa do Ar

A tarde está cinzenta e úmida. E eu também um pouco, por dentro. Uma melancolia distante vem visitar-me e acho que senti-la é o melhor a fazer. Tem sido assim nos últimos tempos, prefiro entregar-me à sensação provocada pelas coisas a racionalizá-las, afinal, a razão não me deu boas respostas sobre os sentimentos, quando solicitada. Então, deixo à consciência, esse coração da alma, a tarefa de me dar compreensão sobre o meu entorno.

Não consigo chorar. Há uma lágrima que não quer sair - e não porque eu a repreenda, mas por sua vontade própria -, então espero. Espero pacientemente a torrente que há de me lavar, por dentro e por fora. Estou aberto às emoções, às comoções, às trovoadas e aos relâmpagos, que tanto aprecio. Que a chuva caia conforme os índices pluviométricos. Não vou amaldiçoar a bendita tempestade nem cobrirei os espelhos.
Vou me recolher e vivenciar isso, sem guarda-chuvas ou capas. Depois, passados a enxurrada e eventuais desabamentos, registrarei aqui meu relatório meteorológico.

4 comentários:

Rafael Melo disse...

Eu acho que o clima de Caatiba fez bem pra você. E olha que tava um calor infernal...

Anônimo disse...

Chorar é preciso! Você sabe...

Anônimo disse...

SENTIMENTOS SÃO COMO AS TEMPESTADES... VEM SUAVEMENTE, FORMAM UMA GRANDE NUVEM E... DESABAM SOBRE NÓS...
É IMPORTANTE DEIXAR QUE ELES NOS TOMEM POR COMPLETO...É IMPRESCINDIVEL VIVÊ-LOS INTENSAMENTE... QUANTO A LÁGRIMA... ELA SABE A HORA EXATA DE LAVAR NOSSA FACE...

Anônimo disse...

Relendo esse seu texto agora...
pensei...será que trata-se da
mesma pessoa que falou comigo
á pouco???Fala a verdade você
recortou e colou,né?rsrsrs.
beijão!!