Estou ouvindo "Noturno", de Frédéric Chopin. Com ouvidos ignorantes, eu sei. Mas tenho a impressão que Chopin a compôs para mim. Só para mim. Toda vez que a ouço, choro. Às vezes, por fora. Sempre, por dentro.
Algo, que não consigo e nem quero explicar, ressona no fundo de minha alma, trazendo-me uma delicadeza perdida nas areias do tempo, na escuridão das noites, no movimento pendular e inclemente dos relógios. Algo que está perto. Algo que está aqui, dentro de mim. Algo que precisa sair e ir ao encontro da Humanidade inteira.
É mergulhado nos acordes de "Noturno" e entre as lágrimas que brotam tímidas dos meus olhos, delicadas como a minha alma tocada pela alma delicada de Chopin, que escrevo e componho uma sinfonia suave e retumbante, que enche a minha existência de significado e de importância.
Chopin, sinto, atravessa Varsóvia sitiada, as luzes da sua amada Paris, o tempo, a sombra densa das noites, entra em meu quarto íntimo e sussurra suas notas sutis, que confundo com sua voz a me dizer: "É imprescindível que você esteja aqui".
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O Noturno de Chopin referido no texto acima é o de nº 9.
13 comentários:
Puxa...Estou mesmo estudando isso em uma disciplina deste semestre. Isso se chama estímulo condicionado!! rsrsrsrsrsrsrsrsrs
Acontece tbm com cheiros ou outras coisas q nos remete a algumas lembranças. Mas devo confessar q a música, de fato, nos traz sentimentos saudosos, algumas vezes sabemos bem q sentimentos são esses, outras vezes não. É incrível como podemos perceber as coisas, né????? Ainda bem!!!
Na intimidade dos nossos sentimentos guardamos o intocável tesouro de experiências vividas... a tua lembrança certamente te enriquece e nos anima!
Chopin me lembra as aulas de piano que eu tive aos 13 anos de idade. Parei com isso pq não tinha talento, só fiquei no Centro de Cultura um ano e meio.
E aí, vai atender ao chamado?
Quem conhece o trabalho de Chopin sabe que sua música é de caráter essencialmente pessoal, com um acento romântico cheio de melancolia, em ocasiões de uma pungente tristeza. E ao ouvi-la é quase que impossível esses sentimentos não vir á tona.
Ser poeta é ter a sensibilidade suficiente para perceber que todos nos submetemos a esse “ Estado de Alma” .
Então porque não deixarmos essa alma falar e expressar o nosso “eu” interior?
Eu digo em uma poesia minha:
“... Se o corpo não sobrevive sem respirar, a alma não liberta sem cantar” !
A música clássica de Chopin é uma poesia delicada e penetrante, que nos faz ir fundo, nos mais profundo da nossa Alma.
um grande abraço, do fundo da minh´alma
Lila
Chopin.estar,música,tempo,noite,mapas,cavernas,sentimentos,desafios,vida,imagem,verdades,sonhos esperanças,necessidades,amor...
Bom estar ouvindo chopin,pelo portal das suas vivências e conquistas.
Estar imprescindivelmente aqui.Porque tem nos possibilitado abrir tantas portas,com a melodia da sua existência,que penso ser essa caverna,o coração de tanta gente.Guardando os mapas das minas de ouro ,dessa paz e felicidade,transmutada em sorrisos-lágrimas, de um reencontro com sua sinfônia didinamente humana!
Nossa! Um post realmente carregado de emoção!
Estive em um concerto do Quarteto de Brasília dia desses, na companhia de um amigo que conhece muito música clássica. Era notável a diferença de envolvimento. Por mais que eu pudesse apreciar aqueles movimentos, jamais se compararia à forma como meu amigo Pedro Ivo viajava durante a execução deles e como aplaudia exultante ao fim de cada peça. Sentia-me pobre naquele instante. Mas eu me emociono muito com músicas, geralmente populares, singelas. Às vezes elas me arrebatam e me transportam para lugares distantes e mágicos. Amodoro!
Estou ouvindo "Coração", de Rapazzola. Choro por dentro, por fora, por cima, pelos lados...
Minha primeira vez aqui e me deparo com esse belo relato!!
Vc escreve dá vontade de escutar a música e de sentir tudo isso!!
Muito legal!!
Abraços!
Fala Ricardo!!!
Valeu pelo comentário e por me adicionar nos seus links. Tb farei isso!!
Então, achei seu blog numa comunidade do orkut de blogs...não lembro qual.
Abraços!!!
Fala Ricardo achei seu blog e venho visita-lo e conferir seus post...
Muito bom e boa expiraçao e te convido a participar de meu blog eu um deabate assim eu e todos poderiamos entender e tirar conclusoes abraços....
Fala Ricardo!Blz..Obrigado por me add,e ter gostado do blog....esse post ficou otimo hein???vc é inspirado hein?isso da vida ao q vc diz....abraços
Saudaçoes meus amigos venho aqui ver suas paginas e dizer que para vc que participo do debate sobre o orkut esta no blog minha resposta...ele foi atualizado....e desejo a vcs um otimo feriado....
Poxa, me emocionei sabia, ao mesmo tempo fiquei muito curiosa pra saber que música conseguiu te tocar assim tão profundamente. Não tenha medo, nós pecamos muito pro não nos deixar levar, deixar fluir tudo o que sentimos, você tem uma alma belissíma, siga sempre o seu coração e sairá bem, beijos. Miss Pooh
Descobri, num cd de músicas clássicas que apareceu aqui em casa há uns anos atrás, uma música que causa um efeito parecido sobre mim. Não possuo qualquer informação sobre ela: nem título; nem autor; e nem quem a executa. O que sei é que não me lembro de ter escutado uma outra melodia que soasse tão bem aos meus ouvidos; que provocasse semelhante sensação. Um som suave e sublime que vai preenchendo a minha alma aos poucos. E embora não tenha o hábito de escutar o gênero clássico, é sem dúvida a minha música favorita.
Beijos,
Até mais...
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