“A morte de todo homem diminui-me, porque faço parte da Humanidade.” (Albert Schweitzer )
Daniel fez sua prova da OAB ontem, em Ilhéus. Certamente sonhava passar. Talvez tenha passado. Certamente nutria sonhos que dependiam desse rito de passagem à nova realidade profissional. Eu não o conheci. Não o conheço. Só sei que, ontem mesmo, à noite, quando seus colegas voltavam para suas casas, aqui em Vitória da Conquista, toparam no caminho com um incêndio, o incêndio que matou Daniel e sua esposa. Acidente de mais um carro que se converteu em pira de sacrifício cuja tocha não consegue sensibilizar ninguém capaz de deter essa guerra civil que é o trânsito brasileiro.
Achei a história de uma indescritível tristeza. Não pelo desaparecimento trágico. A Morte, essa camareira soturna e enigmática, apenas nos avisa ser chegada a hora de retirar o figurino, ir para o camarim e esperar a próxima cena dessa imensa peça que é a existência, como faria todo profissional consciente e responsável. Lamento, isto sim, pelo que talvez se calou. E pelo que se cala sempre, em mim, em você, em todos nós.
No carro estavam Daniel e sua esposa, unidos no último momento. O que conversaram? O que disseram um ao outro, um pouco antes? Sorriram? Choraram? Não interessa. Nunca vai nos interessar, mas só a eles. Mas, sinceramente, espero que tenham se olhado no último instante e encontrado, um no outro, a certeza perpétua de um Amor que valeu a pena viver até os estertores dessa vida e firmar prosseguimento, além dela. Espero que nunca tenham calado suas inquietações mútuas, que nunca tenham omitido nada um do outro, que se tenham entregado um ao outro, nos atritos e nos diálogos, nos abraços ou nas discussões, com todo o fervor de suas almas, ora sob o olhar vigilante, e na palma da mão serena, do Criador. E que Ele, Causa de tudo que existe, e que não ouso questionar, os guarde em sua Paz.
Na verdade, não espero nada. Apenas sinto.
Daniel fez sua prova da OAB ontem, em Ilhéus. Certamente sonhava passar. Talvez tenha passado. Certamente nutria sonhos que dependiam desse rito de passagem à nova realidade profissional. Eu não o conheci. Não o conheço. Só sei que, ontem mesmo, à noite, quando seus colegas voltavam para suas casas, aqui em Vitória da Conquista, toparam no caminho com um incêndio, o incêndio que matou Daniel e sua esposa. Acidente de mais um carro que se converteu em pira de sacrifício cuja tocha não consegue sensibilizar ninguém capaz de deter essa guerra civil que é o trânsito brasileiro.
Achei a história de uma indescritível tristeza. Não pelo desaparecimento trágico. A Morte, essa camareira soturna e enigmática, apenas nos avisa ser chegada a hora de retirar o figurino, ir para o camarim e esperar a próxima cena dessa imensa peça que é a existência, como faria todo profissional consciente e responsável. Lamento, isto sim, pelo que talvez se calou. E pelo que se cala sempre, em mim, em você, em todos nós.
No carro estavam Daniel e sua esposa, unidos no último momento. O que conversaram? O que disseram um ao outro, um pouco antes? Sorriram? Choraram? Não interessa. Nunca vai nos interessar, mas só a eles. Mas, sinceramente, espero que tenham se olhado no último instante e encontrado, um no outro, a certeza perpétua de um Amor que valeu a pena viver até os estertores dessa vida e firmar prosseguimento, além dela. Espero que nunca tenham calado suas inquietações mútuas, que nunca tenham omitido nada um do outro, que se tenham entregado um ao outro, nos atritos e nos diálogos, nos abraços ou nas discussões, com todo o fervor de suas almas, ora sob o olhar vigilante, e na palma da mão serena, do Criador. E que Ele, Causa de tudo que existe, e que não ouso questionar, os guarde em sua Paz.
Na verdade, não espero nada. Apenas sinto.
Faço parte da Humanidade.
PS: Que tenham valido a Daniel e sua esposa todos esses anos de suor, esforço e dedicação à causa pessoal de todo ser humano de viver, amar e aperfeiçoar-se.
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